quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dunga evoca 94 e 2002 e prevê trajetória de dor até África do Sul


Um ponto somado nas duas últimas partidas, e a seleção brasileira corre o risco de terminar a sexta rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010, que será disputada na África do Sul, fora do G-4. Entretanto, os jogadores e o técnico Dunga minimizaram a ameaça.
O treinador citou sofrimentos passados para o time canarinho assegurar vaga no Mundial. "A eliminatória não acabou hoje [quarta-feira]. São 18 rodadas e estamos apenas na sexta. Que eu me lembre, o Brasil teve dificuldade em 1994, em 2002, e vai ter sempre. Estar em quarto ou quinto agora não decide nada", argumentou.

Após perder para o Paraguai, no último domingo, e empatar no Mineirão com a Argentina por 0 a 0, na quarta-feira, o Brasil tem 9 pontos, dois a mais do que Venezuela e Chile. Essas duas seleções se enfrentam nesta quinta, e quem vencer assume o quarto lugar na tabela. Apenas um empate em Puerto La Cruz (Venezuela) mantém a equipe pentacampeã mundial na zona de classificação para a Copa.

No torneio qualificatório para o Mundial de 1994, a agonia se estendeu até a rodada final, quando Carlos Alberto Parreira convocou Romário de última hora, e o atacante marcou dois gols na vitória sobre o Uruguai, no Maracanã.

Nas eliminatórias para 2002, o Brasil teve quatro técnicos e perdeu seis vezes. Vanderlei Luxemburgo sucumbiu diante de Paraguai e Chile; Emerson Leão caiu frente o Equador, e Luiz Felipe Scolari sofreu derrotas para Uruguai, Argentina e Bolívia. Na última rodada, ganhou da Venezuela por 3 a 0, com dois gols de Luizão, e ficou em terceiro lugar, empatado com o Paraguai, com 30 pontos.

Antes mesmo de empatar com os argentinos em casa, o goleiro Júlio César já afirmara que pouco importa a colocação na tabela. "Em 2002, o Brasil sofreu pra se classificar em foi campeão do mundo. Em 2006, ficou em primeiro nas eliminatórias e perdeu a Copa", opinou.

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